terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sentidos da vida

Se a intensidade das coisas pudesse ser calculada, acho que muita gente deixaria de se preocupar com coisas toscas e bobas. Como por exemplo, como explicar momentos que duram tão pouco permanecerem em nossas mentes por tanto tempo? É inefável. Assim como quase tudo que é realmente importante em nossas vidas. Nascemos, crescemos, e estamos ai pra viver, qual é, pra que perder tempo com o mínimo se o que o nosso coração quer é o máximo? Viva, sem que nenhum obstáculo te impeça disso, sem que nenhum medo te abale, e sem que nenhum erro te destrua. Até porque, estamos aqui pra isso, pra quebrar a cara e levantar, pra aprender cada dia mais, pra fazer o melhor e levar conosco o que foi bom. É pra isso que serve a vida, não pra chorar o leite derramado, ou para criticar o que não lhe convém, a vida é muito mais, é algo acima do entendimento de todos nós. A vida é como a escola. O quadro negro será sua história, que começa limpa e sem vestígios de escrita. No primeiro dia de aula, você recebe um giz, de tamanho médio, e recebe a instrução de escrever no quadro, até que esse giz acabe. E ai a vida começa, algumas pessoas decidem ter cautela para que o giz não chegue ao fim, outras escrevem rápido com rispidez, vivem tudo de uma vez. O que não pode se discutir, é que independente do modo que escreveram e do que escreveram, o giz uma hora acaba. Isso pode demorar, ou não. Pode ser mais rápido do que imaginamos. Ou pode demorar mais tempo do que podemos esperar. O importante, na verdade, é sabermos que o modo como escrevemos nossa historia é essencial para que no final, admiremos ou não o quadro escrito, não há um manual pra se viver, vivemos do modo que achamos melhor, e podemos estar certos ou não, por isso, o melhor é sempre arriscar.

O acaso, a coincidência e o destino.

Qual é a diferença exata entre: destino, acaso e coincidência? E qual é a função de tais palavras em nossa vida? Pra mim, estas três palavras são inseparáveis, nunca andam sozinhas. Não há como acreditar no destino, se não houver acaso, e se houve o encontro entre o acaso e o destino, logicamente foi uma coincidência. Coincidências das quais, acontecem todos os dias em nossas vidas, sem que percebamos. Olhe as pessoas a sua volta, as pessoas que te importam de verdade. Será que elas estão ai, apenas por estar? Ao meu ver, cada pessoa tem um motivo para estar viva, para estar no lugar que está, e para conhecer as pessoas que conhece. E tudo isso é definido pelo destino. O acaso vem depois, ajudando a concluir as coisas, a fazer com que aconteçam os encontros, sabe aquela esbarradinha na rua? Sabe aquele sorriso inevitável que você deu a alguém que não conhecia? Sabe aquela pessoa que sem querer você encontra todos os dias? Pois é, nada disso acontece sem uma explicação, aquela pessoa não estava ali apenas por estar, ela estava acompanhada, estava com o acaso, que por coincidência é amigo do seu destino. E ai, tem duvidas que tudo isso é uma coincidência?.

O ver e o enxergar.

Muito do que machuca se tornaria mais fácil se tivéssemos desde pequenos, um manual de instruções. Que serviria como prevenção, como uma vacina, uma imunização. Mas não há algo que explique a variação de interpretação entre todos nós, simplesmente alguns são de um jeito e outros de outro. E como julgar isso? Se o que é certo pra você não é pro outro? Se o que irrita você, é indiferente pra outros? Como explicar seu modo de ver? São indagações que eu não sei mesmo responder. O que eu sei, é que as pessoas são como as lunetas. Dependendo do lado que se olha, você pode a ver profundamente, nos mínimos detalhes, pode conhecer cada parte importante ou não. Ou pode olhar pelo outro lado, e ver o básico, o dispensável, nada mais além do que pode ser ver a olho nu. O que falta nas pessoas é o discernimento, a compreensão da diferença entre o ver, e o enxergar. O existir, e o viver.

Estações.

As pessoas mudam como as estações do ano. E sempre tem quem goste do inverno, quem aprecie o verão, quem ame o outono e quem se sinta melhor na primavera. E também, como as estações, as pessoas podem misturar características. Quem disse que no verão não faz frio? Ou que no inverno não tem sol? O mundo está em constante mudança, e as pessoas estão indo com ele. Em tudo há uma rotação, desde os sentimentos, até as atitudes. É difícil definir alguém, é difícil definir em que estação se está. Será você o inverno? Alguém mais frio, parado, porém mais aconchegante. Será você o verão? Alguém quente e chuvoso, que distribui luz a todos, mas que não agrada a alguns. Talvez você possa a ser a primavera, tão florida, tão bela, tão colorida, tão entediante. E por ultimo, por que não o outono? Misterioso, sensual, carente. Mas o importante, é não ser uma estação apenas, e sim ser o ano inteiro, ser um pouco de tudo, ser de tudo um pouco.

Começo, meio e fim.

O tempo pode ser resumido em três partes, como qualquer coisa na vida: começo, meio e fim. Existe tempo de começar, tempo de se viver o que começou e tempo de finalizar. É difícil nos acostumar com tal ideia, já que em tudo que fazemos, desejamos eternidade. Mas pare, pense e reflita, quando se sabe que há um fim, mais vontade temos de intensificar o momento. Tudo tem fim na vida, como se diz o clichê, tudo morre. Mas vivo na esperança, que levo como correta, em que tudo que morre, pode renascer, mesmo que seja em outro corpo. Se uma flor morre, ela semeia e aduba a terra, dando chance para que novas flores cresçam; se um animal morre, ele serve de alimento para outros animais; se uma pessoa morre, ela deixa guardado em cada um seus exemplos, e principalmente, a sua importância; e assim iremos, com milhares de exemplos, mas em um, eu vejo uma importância maior, uma variação maior na ideia central. O amor. Em minha concepção o amor que você sente por alguém, morre todo dia, mas, o amor, como a fênix, ele se renova, renasce. Acho que ninguém ama pra sempre, e o mais próximo do pra sempre é o amanhã, mas, todo amor nasce e morre com uma facilidade enorme, por isso, tome cuidado! Se você ama alguém hoje, dê razão para que esse amor exista amanhã, dê valor a cada sorriso, cada olhar, dê atenção, não deixe pra depois, no amor, o que importa é o agora, um erro pode ser fatal. Não deixe que este erro exista, e se existir, não perca tempo em tentar desfazê-lo. Um relacionamento pode durar um dia, uma semana, um mês, um ano ou até a eternidade, depende da sua disponibilidade de fazê-lo renascer a todo tempo, depende de quão grande você quer que tal sentimento seja. Alias, na sua vida, tudo depende de você.

4 comentários:

  1. Excelente o texto.

    A parte que mais me chamou a atenção foi a que você menciona sobre o enxergar. Chega a ser irritante essa mania que as pessoas tem de enxergar tudo como se fosse eternamente duradouro, como se nunca tivessem se perguntado o que viria adiante depois que determinada coisa acabasse, ou como se recusassem a acreditar no fim de algo. As pessoas hoje em dia tendem a fantasiar e idealizar algo que ao menos nesse mundo de 2010 que nós vivemos, não existe. Nunca estão preparadas pra riscos ou perdas e consequentemente acabam despreparadas também para a vitória.

    Sem esticar muito (mais do que já estiquei kkk) o coment, parabéns pelo texto

    Beijão

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  2. Oii, vi seu coments na comuu, eu já estou te seguindo!!!
    ficarei grata se fizer o mesmo e me seguir!!!!!!

    ps: Adoro verdee!!!!!

    tudo de bom! boa semana!! beijoos

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  3. Gostei muito da análise que fez;
    realmeente é um tema que intriga a todos, mas que pouco realmente pensamos e nos prostramos nisto...
    Alguns pontos de concordância outros não, como todo bom post deve ser...
    Parabéns!

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  4. Eu não poderia deixar de comentar aqui.
    São pouquíssimos os blogs de essência, que realmente me chamam a atenção, que dizem algo da alma da pessoa que escreve, que não são puramente pedacinhos de egos virtualizados. Sem palavras para o seu texto. Sensacional mesmo.
    Vou ler os outros, mas de qualquer forma, já está de parabéns e estou te seguinfo.
    Um beijo!

    http://lanternadealhures.blogspot.com

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